DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Depois de efetuadas todas as medições e a análise das mesmas é possível chegar a várias conclusões:

  • A intensidade dos campos estudados (o elétrico e o magnético) diminui com a distância à fonte. De facto, como se vê pelos gráficos abaixo todas as medições confirmam esta tendência, sendo as únicas exceções o intervalo entre os 0,20 e os 0,30 metros no frigorífico e a intensidade crescente do campo elétrico na estação de comboios. 

No entanto, como já foi apresentado junto das medições em causa, estas sofreram alguns erros, sendo que é provável que estas medições contrariem o perfil das outras devido a esses erros. Por conseguinte, acreditamos que se fosse possível eliminar as fontes que não pretendíamos estudar o perfil do gráfico seria semelhante ao dos outros aparelhos. 

Contudo, não nos foi possível determinar com certeza um modelo matemático que defina a intensidade de qualquer um dos campos em função da distância, pois embora fosse possível determinar um modelo, quer exponencial, quer linear, para os valores obtidos, as oscilações nas medições e os poucos valores que contrariam a tendência fazem com que a expressão que poderia ser obtida não correspondesse à realidade.

Para além disso a diminuição da intensidade dos campos varia entre os diferentes campos elétrico e magnético e mesmo entre aparelhos para os mesmos intervalos. Por tudo isto parece-nos que, nas condições de realização da nossa atividade, e sem um controlo rigoroso de outras variáveis que podem interferir nos resultados, não podemos estabelecer qualquer relação matemática, que traduza a forma como a intensidade de qualquer um dos campos varia com a distância à fonte.

  • A estação de comboios tem a maior intensidade, como se vê no gráfico abaixo, quer de campo elétrico, quer de campo magnético de todas as fontes estudadas.

Durante a pesquisa que levou ao desenvolvimento deste trabalho, descobrimos que segundo uma diretiva de 1999 da OMS, recomendava que os valores limite da exposição a campos elétricos e magnéticos para a população geral fosse 2 mA/m^2, sendo que esse valor corresponde aos valores individuais de cada campo apresentados na tabela abaixo: 

Ora, mesmo tendo em conta os valores para a população em geral, a maior intensidade de campo elétrico medida neste projeto não chegou a 1kv/m (foi 0,7338 kV/m na estação de comboios), valor que é mais de cinco vezes inferior ao limite recomendado.

Do mesmo modo, a maior intensidade de campo magnético medida neste projeto foi 5,175 uT, valor que é mais de dez vezes inferior ao limite recomendado para a população geral.

Em ambos os casos é possível afirmar que todos os valores medidos foram consideravelmente menores que os valores limite recomendados pela OMS para a exposição a campos quer elétricos que magnéticos. Desta forma e aliando estes dados aqueles que foram apresentados na secção "EFEITOS DA RADIAÇÃO ELETROMAGNÉTICA NA SAÚDE HUMANA", podemos concluir que a exposição aos campos elétricos e magnéticos originados pelos aparelhos eletrónicos que usamos no quotidiano não representa perigo para a saúde humana.

© 2016 Escola Básica e Secundária Professor Reynaldo dos Santos, Vila Franca de Xira
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