EFEITOS DA RADIAÇÃO ELETROMAGNÉTICA NA SAÚDE HUMANA

Existem dois tipos de radiação:

  1. Radição Ionizante - Provoca a ionização, ou seja, a remoção de eletrões, de átomos e de moléculas. Este tipo de radiação pode produzir alterações moleculares, que por sua vez podem causar danos no tecido biológico, incluindo efeitos a nível genético.
  2. Radiação não-ionizante - É um tipo de radiação que não tem energia suficiente para causar ionização de átomos ou moléculas.

Os efeitos biológicos ocorrem nas mais variadas situações, desencadeando diversos mecanismos de compensação do corpo humano, mas não sendo necessariamente prejudiciais para a saúde.

Para um tipo de radiação não-ionizante os efeitos biológicos conhecidos podem ser quantificados:

  • Efeitos térmicos - Quando o nível de aquecimento dos tecidos biológicos excede a capacidade natural de termorregulação do organismo humano, podem ocorrer danos nesses mesmos tecidos. No entanto, foi possível estabelecer por organizações internacionais de saúde os valores limite para a exposição segura à radiofrequência.
  • Efeitos não-térmicos - Dependem das características do organismo do indivíduo exposto, sendo as crianças mais sensíveis aos efeitos adversos na saúde do que os adultos. O conhecimento científico sobre este tipo de efeitos é ainda muito pouco, não existindo sequer uma definição clara sobre o termo "efeito não-térmico". No entanto, podemos agrupar os estudo desenvolvidos nas seguinte áreas: efeitos sobre o feto, efeitos sobre a visão, efeitos cancerígenos e os efeitos sobre a saúde em geral.

Além dos efeitos biológicos, existem também os efeitos psicossomáticos, que são efeitos associados ao medo existente relativo à exposição a campos electromagnéticos.

Vários organismos internacionais estabeleceram limites de segurança, ou seja, estabeleceram valores máximos permissíveis para os níveis de radiação absorvidos pelo corpo humano. Atualmente, o único mecanismo confirmado como potencial gerador de efeitos prejudiciais à saúde resultantes da exposição à radiação de radiofrequência é o efeito térmico. 

Em 1996, a Organização Mundial de Saíde (OMS) implantou o Projeto Internacional de Campos Eletromagnéticos para invertigas os potenciais riscos para a saúde. Existem efeitos biológicos  de curta duração estabelecidos devido à exposição aguda a altos níveis, superiores a 100 µT, que são explicados por mecanismos biofísicos reconhecidos. Campos magnéticos ELF externos induzem campos elétricos e correntes no corpo os quais, a campos de intensidade muito alta, causam estimulação de nervos e músculos e mudanças na excitabilidade de células nervosas do sistema nervoso central. 

Em 2002 a IARC publicou uma monografia classificando os campos magnéticos ELF como ''possivível carcinogênico'' par humanos. Esta classificação foi baseada em análise de dados agregados de estudos epidemiológicos demonstrando um padrão consistente de incremento de duas vezes na leucemia infantil associado a uma exposição média residencial, a campos magnéticos de frequência de potência, acima de 0,3 a 0,4 µT.

© 2016 Escola Básica e Secundária Professor Reynaldo dos Santos, Vila Franca de Xira
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